terça-feira, 31 de março de 2020

A ciência revela como encontrar mais motivação para o trabalho



Você é daqueles que acorda desanimado todos os dias e levanta quase que arrastado para ir trabalhar?

Então, essa notícia é sua. Ou melhor, é nossa!

Existem diversas dicas que podem te dar uma mãozinha em como encarar melhor o seu emprego, como por exemplo, enxergar a labuta pelo lado positivo ou fazer o que se ama, certo?!

Mas, se já tentou de tudo, saiba que você realmente não precisa se sentir motivado para realizar as suas tarefas.

Sem motivação? Como assim?

Muitos pensam que nossas emoções precisam estar em ordem para realizarmos bem o trabalho, mas as coisas não precisam ser assim.

O escritor Oliver Burkeman, no livro “The Antidote: Happiness for People Who Can’t Stand Positive Thinking” (“O Antídoto: Felicidade para pessoas que odeiam pensamento positivo”), reforça a ideia de que devemos tirar das nossas mentes aquelas ideias motivacionais que nos enchem de pressão e expectativas.

“Quem disse que você tem que esperar ‘ter vontade’ de fazer uma coisa para realmente fazê-la? O problema dessa perspectiva é que você não se sente realmente motivado: você imagina que precisa estar motivado”, explica ele.

O que o autor faz, nada mais é que nos orientar a fugir daquele monte de cobranças do tipo: “Tenho que ficar bem!” ou “Preciso gostar do meu trabalho”.

Como fugir dessas cobranças?

Segundo o autor inglês, a solução para esse, que é o dilema de muita gente todos os dias, pode ser mais simples do que parece e ainda evita com que façamos bobagens na hora de algum pico de estresse: tentar deixar esses sentimentos conflituosos de lado.

“Se você consegue compreender que seus pensamentos e emoções sobre aquilo que não quer fazer podem mudar como o clima, você entende que a sua relutância a trabalhar não é algo que precisa ser erradicado ou transformado em pensamento positivo. Você pode coexistir com isso. Você pode notar os pensamentos procrastinadores e trabalhar mesmo assim”, disse ele.

Mesmo parecendo um tanto quanto óbvia e simples demais, essa ideia pode fazer com que tenhamos um dia a dia mais leve, pois aceitamos o “não quero fazer isso” e não nos cobramos mais, não nos julgamos por nos sentir assim.

A teoria de Burkeman também esteve presente em um artigo escrito para a revista Psycoloy Today, em 2012. No material, o escritor cita o psicólogo japonês Shoma Morita em suas explicações.

“É correto assumir que devemos ‘vencer’ o medo de pular em uma piscina, ou aumentar nossa confiança antes de convidar alguém para um encontro?”, questionou Burkeman que mostrou a resposta de Morita: “Se fosse, a maioria de nós ainda estaria esperando para fazer essas coisas”.

Ou seja, o lance não é se motivar obrigatoriamente ou não ter medo, o segredo é encararmos nossos desafios e medos de frente, não desanimar por conta disso e focar no que virá adiante, nos frutos que poderemos colher disso tudo.

O único risco de tudo isso é você acabar se acomodando com algo que não goste e nunca mais sair do lugar, não acha?

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